“Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez
na vida...”
(August Pullman, protagonista de “wonder”)
(August Pullman, protagonista de “wonder”)
Escrito em primeira pessoa e num ritmo narrativo bastante
envolvente, Extraordinário, traz de forma
bastante descontraída, sem deixar de ser séria, a temática da aceitação como
diferente e da transição da fase infantil à adolescente ou adulta.
A narrativa se dá em North River Heights, Manhattan, onde
mora o protagonista de dez anos de idade August Pullman, juntamente com seus
pais Isabel e Nate, e sua irmã mais velha Via. August que dá início à
narrativa, nasceu com uma síndrome genética que gerou uma deformidade facial
extremamente grave, o que fazia com que Auggie vivesse às margens do mundo que
não sabia lidar com ele.
Então, seus pais – que eram extremamente protetores – ,
decidiram que estava na hora de Auggie dar um passo além e começar a frequentar
a escola, o que não foi bem recebido pelo garoto. Enfim, August resolve
embarcar nessa aventura escolar que promete muitas surpresas e muito mais
desafios.
O leitor acompanha toda a odisseia do protagonista através
de sua própria ótica. O fluxo de consciência do personagem, que, apesar de não
ser necessariamente comp
lexo, é bastante interessante, o que faz com que
crie-se uma simpatia e amor pelo Auggie, que é esse garoto externamente
diferente, mas extraordinariamente envolvente.
Um fator curioso sobre a perspectiva narrativa é que, quando
chega-se ao final de algumas das partes do livro, muda-se o personagem que
narra a estória, então é possível acompanhar as experiências de cada um dos
personagens, fazendo também, com que o leitor tenha uma certa onisciência
narrativa.
Divertido, polêmico, atual, Extraordinário soluciona de maneira leve e bastante competente,
este caso de rejeição por diferença que ainda, claro que infelizmente, é tão
recorrente na atual conjuntura social.
Um dos livros mais envolventes e gostosos que já li.
ResponderExcluirMinha identificação com o Auggie foi imediata e a narrativa em capítulos curtos deixou a leitura tão fluída que li num tapa. E levei vários "tapas" de consciência.
Parabéns pela resenha! `^^´